15 Set (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, decidiu desbloquear as contas de um grupo de empresários bolsonaristas alvos de uma operação da Polícia Federal realizada antes do feriado de 7 de Setembro que apurava suspeitas de eventual financiamento de ações antidemocráticas.
A operação e as ordens de quebras de sigilo bancário e telemático ocorreram após uma reportagem do site Metrópoles revelar que esses empresários integravam um grupo de WhatsApp em que se conversava sobre a defesa de um eventual golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro.
"Em razão da passagem do feriado de 7/9/2022 e da efetivação do afastamento dos sigilos bancários dos investigados, medida que possibilitará o aprofundamento da investigação e verificação de eventual financiamento de atos criminosos, não configura-se mais necessária a manutenção do bloqueio dos ativos financeiros das pessoas nominadas", determinou Moraes.
AÇÃO QUESTIONA YOUTUBE
A campanha de Lula ingressou com ação no TSE, na quarta-feira, para questionar o YouTube sobre suposto privilégio dado a conteúdo a favor do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) em recomendações feitas pelo site a usuários.
O suposto favorecimento a conteúdo pró-Bolsonaro pelo YouTube, em especial vídeos da emissora Jovem Pan, foi apontado na véspera em estudo do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Procurado, o YouTube afirmou em nota que aplica "políticas de conteúdo com consistência, independentemente de porta-voz, ponto de vista político, histórico, posição ou afiliações".
(Por Pedro Fonseca e Ricardo Brito; Edição de Alexandre Caverni)