5 Out (Reuters) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que seis empresas provedoras de redes sociais removam publicações em que tentam vincular o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao satanismo, consideradas fake news.
A decisão, do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, deu 24 horas para as empresas apagarem as postagens sob pena de multa diária de 50 mil reais em caso de descumprimento.
O TSE também determinou que uma das empresas de redes sociais forneça os dados cadastrais para a identificação do responsável administrador de um dos perfis que têm feito esse tipo de vinculação.
DEBANDADA
Um dia após anunciar "apoio incondicional" a Bolsonaro, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado em primeiro turno em sua tentativa de reeleição, viu a saída de três secretários de seu governo, entre eles o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que deixou o comando da pasta de Projetos e Ações Estratégicas.
Também pediram demissão a economista Zeina Latif, que chefiava a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e Laura Muller Machado, que comandava a pasta de Desenvolvimento Social.
A direção do PSDB havia decidido liberar os diretórios estaduais para apoiar Lula ou Bolsonaro.
Figuras históricas do tucanato, como José Serra --que já concorreu contra o petista ao Planalto-- e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declararam apoio a Lula.
UNIÃO
O União Brasil também optou por liberar seus diretórios estaduais no segundo turno. Fonte interna da sigla garante que a chance de apoio oficial a Bolsonaro "inexiste". Há quadros do partido próximos a Bolsonaro, mas outras lideranças na legenda preferem não se atrelar ao presidente.
"Em um partido tão grande, é natural que haja posições divergentes. Por isso, em respeito à democracia intrapartidária, a direção nacional do União Brasil decidiu liberar seus diretórios e filiados que sigam seus próprios caminhos com responsabilidade no segundo turno", anunciou o presidente da legenda, Luciano Bivar.
(Por Ricardo Brito, Eduardo Simões e Maria Carolina MarcelloEdição de Alexandre Caverni)