Por Sam Boughedda
Investing.com - A Zoom (NASDAQ:ZM) anunciou na terça-feira que irá cortar cerca de 1.300 empregos, algo próximo de 15% do seu quadro de colaboradores, o que fez suas ações se valorizarem mais de 9% no dia.
Apesar desse movimento, os analistas de Wall Street ainda estão neutros em relação ao papel.
Os analistas do Wells Fargo (NYSE:WFC) disseram que a redução de pessoal da Zoom sinaliza uma expansão das margens daqui para frente.
“Estamos esperando uma possível economia de US$ 200 a 300 milhões no exercício fiscal de 2024, o que pode favorecer bastante as margens operacionais no período”, escreveram em nota, mantendo a classificação neutra e o preço-alvo de US$ 80 por ação.
No BTIG, os analistas disseram aos investidores que as mudanças estruturais no longo prazo eram positivas, as quais, no entanto, seriam compensadas por ventos contrários no curto prazo.
“Encaramos a medida como uma correção necessária para a ZM atingir uma dimensão adequada, em um mundo onde os profissionais estão trabalhando em ambientes híbridos e as empresas procuram reduzir custos e atingir um crescimento responsável”, afirmaram. Eles acrescentaram que a gerência da Zoom tomou uma decisão difícil, mas importante, a fim de aumentar sua geração de fluxo de caixa e se adequar a uma realidade de crescimento mais realista.
Por fim, os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) mantiveram a classificação neutra da Zoom, dizendo aos investidores, em nota, que a otimização do quadro funcional da companhia era um “passo na recuperação da margem operacional, que se deteriorou no último ano”.
“Em vista do sentimento bastante negativo em relação à empresa, consideramos esse foco na disciplina de custos como algo positivo, mas ainda estamos neutros por conta da perspectiva de crescimento no curto prazo, particularmente no 1º tri fiscal", declararam.