Pequim, 12 abr (EFE).- O Banco Mundial (BM) assegurou nesta quinta-feira que mantém sua previsão de crescimento de 6,5% para a China em 2017 e de esfriamento moderado nos dois anos seguintes, dentro da mudança de modelo econômico deste país.
Na apresentação do relatório "Atualização econômica de Ásia Oriental-Pacífico", o economista chefe do BM para a região, Sudhir Shetty, mostrou seu convencimento de que Pequim "conseguirá abordar os principais riscos" que ameaçam sua economia.
No relatório se adverte do problema da dívida corporativa no gigante asiático, cujas empresas, especialmente as estatais, fecharam 2016 devendo o equivalente a 170% do PIB, segundo dados de organismos internacionais.
A instituição recomenda a Pequim que enfrente este problema mediante a reestruturação das corporações estatais e lembra a importância de endurecer leis sobre o sistema bancário paralelo e de abordar o crescente endividamento hipotecário nos lares.
O BM prevê que a economia chinesa continuará moderando seu crescimento para 6,3% em 2018 e 2019, graças às políticas governamentais contra o excesso de capacidade e a expansão do crédito.
Apesar disso, Shetty avisou sobre os riscos que representaria para a região um "esfriamento mais brusco".
As previsões no setor imobiliário são de esfriamento após as restrições legais no mercado para evitar o rompimento de uma bolha.
Por outro lado, se espera que as exportações aumentem de forma moderada após dois anos de quedas.
Além disso, o estudo assegura que a aposta do Governo por mudar o modelo econômico para que seja menos dependente de seu setor externo e dos investimentos públicos, centrando seu crescimento no consumo interno bem como na sustentabilidade, continuará dando seus frutos a uma "velocidade gradual".
No entanto, ressalta também os riscos internacionais, como a incerta política comercial de China após Donald Trump assumir a presidência de Estados Unidos.