Washington, 19 dez (EFE).- O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, que elege o presidente americano com base na votação nos estados, se reúne nesta segunda-feira para ratificar a vitória do republicano Donald Trump.
Embora as surpresas sejam improváveis, a reunião do Colégio Eleitoral promete ser tensa, já que um grupo alinhado à candidata democrata, Hillary Clinton, está pressionando os delegados a não votarem de acordo com a escolha popular nos estados em que Trup saiu vencedor.
O sistema eleitoral americano não garante a vitória ao candidato com a maioria dos votos diretos, mas concede um total 538 delegados, divididos entre os 50 estados, com mais peso aos de maior população, como Califórnia e Texas.
Os delegados nunca se opuseram ao resultado das eleições e sempre confirmaram a vitória do candidato que conseguisse o mínimo de 270 delegados. Contudo, as suspeitas de que o governo russo interferiu de maneira direta nas eleições, filtrando e-mails do Partido Democrata, fizeram com que muitos pedissem aos membros do Colégio Eleitoral que mudem seu voto.
Em cinco ocasições, o candidato vencedor no voto popular não conseguiu o número delegados suficiente no Colégio Eleitoral. Desta vez, Hillary Clinton obteve três milhões de votos a mais que Donald Trump, que conseguiu 306 votos no colégio eleitoral e precisaria perder 37 deles para não assumir a presidência.
Até o momento, apenas um delegado, Chris Suprun, do Texas, disse que não votará em Trump.