🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Governo vê queda na receita total em 2017, mesmo após aumento de imposto sobre combustíveis

Publicado 21.07.2017, 12:59
© Reuters. Imagem ilustrativa de moedas de real

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O governo diminuiu sua projeção de geração de receitas neste ano, mesmo após ter elevado impostos sobre combustíveis, ao mesmo tempo em que aumentou a expectativa de despesas primárias em 2017, ressaltando os percalços para o rearranjo das contas públicas em meio à fraca recuperação econômica.

Mesmo assim, foi mantida a projeção de crescimento de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, mas as contas para a alta do IPCA foram reduzidas a 3,7 por cento, ante 4,3 por cento, segundo relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre divulgado nesta sexta-feira.

"O aumento de tributos foi tomado por estrita necessidade", afirmou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a jornalistas. "Estamos comprometidos com o cumprimento da meta fiscal de 2017", acrescentou.

Na véspera, o governo elevou as alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis, prevendo injeção de 10,4 bilhões de reais nos cofres públicos, e também anunciou contingenciamento adicional de 5,9 bilhões de reais no Orçamento.

Pelo relatório, o governo projetou queda de 5,791 bilhões de reais nas receitas primárias totais em 2017, a 1,380 trilhão de reais. A receita líquida de transferências foi reduzida em 1,583 bilhão de reais, a 1,150 trilhão de reais. Isso ocorreu devido ao impacto da inflação mais baixa e à forte redução na estimativa de recursos com a repatriação, a cerca de 3 bilhões de reais, contra 13 bilhões de reais antes.

Além disso, o governo passou a ver menos receitas com dividendos e operações com ativos, principalmente porque não espera mais a abertura de capital Caixa Seguridade neste ano.

O governo também deixou de contar com 3,9 bilhões de reais com a reoneração da folha de pagamentos, projeto enviado ao Legislativo mas ainda não foi votado.

Por outro lado, o governo passou a ver mais 10,4 bilhões de reais em receitas neste ano com o aumento de PIS/Cofins sobre combustíveis, além de outros 10,2 bilhões de reais com recursos de precatórios e requisições de pequeno valor federais não sacados há mais de dois anos.

A cifra veio acima dos 8,6 bilhões de reais originalmente estimados com a investida. Segundo Oliveira, outros 2,1 bilhões de reais poderão entrar nessa conta mais à frente.

Conforme o Tesouro já vinha anunciado, o governo também elevou em 5,8 bilhões de reais sua perspectiva de arrecadação com o Programa Especial de Regularização Tributária, conhecido como Refis, anteriormente estipulada em 8 bilhões de reais.

Isso ocorreu a despeito do relatório da medida aprovado em comissão mista do Congresso ter afrouxado substancialmente as condições para o parcelamento das dívidas, com descontos ainda mais generosos, achatando a arrecadação projetada a menos de 1 bilhão de reais no ano.

© Reuters. Imagem ilustrativa de moedas de real

"Estimamos que seja cumprido acordo feito entre governo e parlamentares sobre Refis e que não haja alterações dessas medidas no Congresso, sob pena de termos que fazer cortes adicionais", disse o ministro.

No lado das despesas primárias totais, o governo elevou sua conta em 4,611 bilhões de reais, a 1,294 trilhão de reais neste ano, sobretudo pelo impacto que passou a ser considerado com o programa de financiamento estudantil Fies. Esse cenário, acabou levando ao novo contingenciamento, que se somará ao congelamento de 39 bilhões de reais vigente até então.

"Temos conjunto de receitas que estão em análise, em processo de amadurecimento, que poderão nos próximos relatórios serem incorporadas e mitigarem, minimizarem essa contenção temporária de 5,9 bilhões de reais", afirmou Oliveira, citando, por exemplo, operações com aeroportos e com a Lotex.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.