RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os estudos feitos pela Petrobras para a criação de uma área de governança apontam para a implantação de um comitê ou de uma gerência executiva, com estrutura independente e diretamente ligada ao conselho de administração, afirmou uma fonte próxima a discussão.
Em conversa com jornalistas e analistas, na última segunda-feira, a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, afirmou que o conselho de administração autorizou a diretoria da petroleira a desenvolver estudos para a criação de uma diretoria de governança, em meio a denúncias de corrupção envolvendo a companhia.
Segundo a fonte ouvida pela Reuters, a ideia discutida é de que a nova área de governança tenha um grau de independência que não seria possível de se atingir se fosse criada como uma diretoria, o que seria muito mais burocrático e poderia até precisar da aprovação de acionistas em assembleia.
Uma diretoria, de acordo com a fonte, poderia não trazer soluções, uma vez que estaria ligada a outras diretorias e também sujeita às mesmas normas e obrigações.
"A discussão da diretoria é um pouco equivocada. Não é posição ideal, a diretoria da Petrobras é colegiada, todo mundo é responsável por tudo", afirmou a fonte, que prefere não ser identificada.
De acordo com a fonte, o que acontece na diretoria colegiada é de responsabilidade de toda a diretoria. "Como colocar uma pessoa para se auto fiscalizar?", questionou.
Para a fonte, a área de governança, para ser eficiente, teria que ter independência da diretoria e estar ligada ao conselho de administração.
(Por Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira)