💥Fed dovish liga boom das mid caps! 4 ações selecionadas pela ProPicks IA subiram +23% cada. Acesse a lista de outubro.Ações selecionadas por IA

Obama pede mudança em lei para que grandes empresas paguem impostos nos EUA

Publicado 24.07.2014, 22:52
Obama pede mudança em lei para que grandes empresas paguem impostos nos EUA

San Francisco, 24 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recorreu nesta quinta-feira ao "patriotismo econômico", um conceito que já tinha cunhado outras vezes, para pedir ao Congresso um acordo bipartidário que mude a lei e evite que as grandes corporações paguem impostos fora do país.

Obama fez o pedido em discurso para estudantes de uma escola técnica de Los Angeles, o único evento aberto ao público de sua viagem de três dias pelo Oeste, na qual também visitou Seattle (Washington) e a área do Vale do Silício, na Califórnia, para tentar arrecadar fundos para os democratas para as eleições legislativas de novembro.

"Existe uma tendência na economia atual que representa uma ameaça. Um pequeno, mas crescente grupo de grandes corporações que mantêm a maior parte de seu negócio nos Estados Unidos, mas têm sede oficial no exterior", alertou o presidente.

Para Obama, o principal problema é que esta prática está amparada pela lei, e por isso democratas e republicanos deveriam trabalhar juntos para evitar que essa tendência se estenda e inclusive para tentar recuperar a "cidadania americana" das empresas que já fixaram seu domicílio social fora do país.

"Não me importa que seja legal, porque está errado. Se é uma secretária ou um trabalhador da construção não tem direito de decidir onde paga seus impostos", criticou o presidente.

O amparo legal que estas empresas encontram para poder pagar seus impostos no exterior, normalmente em países com tributação muito menor do que a americana e em paraísos fiscais, está na aquisição ou fusão com uma companhia estrangeira e renunciar a pelo menos 20% do controle sobre a nova sociedade criada.

Se os acionistas americanos possuírem um porcentagem inferior a 80% da nova empresa, a lei permite que ela fixe a sede no país estrangeiro e que responda ali às suas obrigações fiscais.

O governo estima que, se não consertar a tempo a situação, esta prática empresarial poderia custar aos cofres públicos entre US$ 17 bilhões e US$ 20 bilhões em receitas na próxima década.

Obama proporá ao Congresso reduzir esta porcentagem para 50%, de modo que os acionistas americanos deveriam renunciar a controlar metade da nova empresa se quiserem fixar seu domicílio social no exterior, uma medida que poderia ter caráter retroativo e afetar todos os acordos realizados desde maio.

"Não quero punir estas empresas, mas peço patriotismo econômico. O patriotismo econômico diz que não se deve ajudar fiscalmente os milionários, mas às famílias, para que tenham uma melhor educação", disse Obama em discurso em que também insistiu na importância da educação para aumentar a mobilidade social.

"Sempre me impressionaram as pessoas que têm coragem de voltar à escola e estudar já adultos", encorajou Obama, que ressaltou que quando têm oportunidade, "os americanos são os melhores trabalhadores do mundo".

A viagem de Obama esta semana provocou polêmica por conta do momento em que aconteceu: no meio de várias crise internacionais em que o mundo todo espera com atenção as possíveis respostas dos Estados Unidos.

A ofensiva israelense em Gaza, os atritos na relação com a Rússia após a queda de um avião comercial na Ucrânia e a crise migratória vivida pelos Estados Unidos, onde dezenas de milhares de crianças centro-americanas entraram ilegalmente nos últimos meses, são, de acordo com os críticos do presidente, motivos que deveriam tê-lo feito cancelar a viagem.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.