ESTOCOLMO (Reuters) - A Suprema Corte da Suécia informou nesta segunda-feira que rejeitou um apelo do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para revogar uma ordem de prisão por acusações de agressão sexual.
O australiano de 43 anos está isolado dentro da embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012 para escapar da extradição da Grã-Bretanha para a Suécia, que busca interrogá-lo sobre acusações de agressão sexual.
A ordem de detenção foi emitida por procuradores em 2010. Assange nega as acusações e diz temer que, caso a Grã-Bretanha o extradite para a Suécia, ele seja depois extraditado para os Estados Unidos, onde seria julgado por um dos maiores vazamentos de informações secretas na história norte-americana, realizado pelo WikiLeaks.
A corte disse em comunicado que a decisão dos procuradores de interrogar Assange em Londres apoia a decisão de defender a ordem de detenção.
"Estamos claramente desapontados, e críticos com a maneira da Suprema Corte lidar com o caso. Esta decisão foi levada sem deixar que fechássemos nosso argumento", disse o advogado de Assange, Per Samuelson, à Reuters.
Mesmo que a Suécia abandone a investigação, Assange pode ser preso pela polícia britânica por não pagar uma fiança.
(Reportagem de Daniel Dickson e Sven Nordenstam)