Por Luciana Otoni e Alonso Soto
BRASÍLIA (Reuters) - A melhor correção para a política fiscal brasileira é o crescimento da economia, já que o problema maior não é o controle das despesas, segundo disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à Reuters nesta terça-feira.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de ajuste na meta de 99 bilhões de reais de superávit primário para este ano, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o ministro deixou a questão em aberto, argumentando que é preciso esperar mais.
"Vamos aguardar o segundo semestre", respondeu o ministro. "Sempre estaremos fazendo esforço máximo para tentar alcançar os objetivos fiscais, esse ano não será diferente", complementou.
O governo tem enfrentado grandes dificuldades para chegar à meta de economia para pagamento de juros da dívida, devido à baixa arrecadação com a economia mais fraca e grandes desonerações fiscais. Em 12 meses até junho, o superávit primário ficou em 1,36 por cento do PIB.