HONG KONG (Reuters) - A China planeja apertar ainda mais o controle sobre as aquisições no exterior por empresas chinesas e sobre os empréstimos para financiar essas transações e começou a examinar minuciosamente os aspectos comerciais dos negócios, disseram três pessoas familiarizadas com o movimento.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e o Ministério do Comércio estão agora revisando os acordos nos mínimos detalhes, disseram as fontes, que trabalham com vários órgãos reguladores e empresas chinesas em seus planos de aquisição.
Os dois órgãos estão pedindo às empresas que procuram comprar ativos no exterior que justifiquem os termos, incluindo avaliações de metas, prêmios de negociação e acordos de financiamento, disseram.
Este é particularmente o caso com empresas que o governo chinês não considera "estratégicas", disseram.
As medidas rígidas foram emitidas como orientação informal por reguladores chineses e ainda não foram oficializadas, disseram duas pessoas.
O aperto da supervisão regulatória para as compras no exterior acontece enquanto Pequim está criticando alguns grandes conglomerados domésticos por suas aquisições no exterior, financiadas por dívida, de ativos que vão de hotéis a estúdios de cinema.
As medidas regulatórias, se forem mantidas por um período prolongado, podem dissuadir algumas empresas de fazer aquisições no exterior e também podem pesar nos volumes de negócios externos da China.
O volume de fusões e aquisições da China no exterior caiu quase pela metada nos primeiros seis meses deste ano, para 64,2 bilhões de dólares, após a adoção de medidas para conter a saída de capital, enquanto as empresas chinesas gastaram 221 bilhões de dólares em ativos no exterior em 2016, de acordo com dados da Thomson Reuters.
(Por Kane Wu e Sumeet Chatterjee; reportagem por Shu Zhang e Jasper)