AMSTERDÃ (Reuters) - O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, rejeitou pedidos por regulamentação bancária mais frouxa depois de semanas de quedas em ações de bancos, dizendo novas regras europeias de resgates tinham levado os investidores a olhar de forma "mais crítica" a risco de bancos.
Falando a uma rádio holandesa neste sábado, Dijsselbloem, que também é ministro das Finanças da Holanda, disse que regras mais rígidas impostas após a crise financeira restaurariam a confiança nos bancos.
"Nós agora temos regras muito mais duras sobre quem paga a conta se os bancos derem errado, e não é o cidadão que paga impostos", disse ele. "Por este motivo, investidores estão olhando de forma muito mais crítica para os bancos e isso está levando a uma correção nos mercados acionários".
As ações de bancos da zona do euro acumulam forte queda desde o início do ano, o que levou membros de bancos centrais, incluindo o presidente da autoridade monetária da Itália, Ignazio Visco, a pedir por mais introdução gradual de regras de que transfiram o peso de sustentar bancos falidos aos investidores.
Mas Dijsselbloem, que preside as reuniões dos ministros das Finanças da zona do euro, disse que esta seria "a pior coisa a se fazer".
"Nós precisamos primeiro tornar a união bancária mais forte, na minha opinião", disse ele. "A exigência de capital deveria subir mais nos próximos ano. Isso fortaleceria a confiança nos bancos".