SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal autorizou reajuste de até 4,76 por cento nos preços de medicamentos por parte dos fabricantes a partir desta sexta-feira, de acordo com medida publicada no Diário Oficial da União.
O percentual iguala-se à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período compreendido entre março de 2016 e fevereiro de 2017, conforme a resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
Em 2016, o governo autorizou reajuste de até 12,5 por cento para os medicamentos.
Neste ano, os tetos dos reajustes nas três faixas, de acordo com o perfil dos medicamentos, ficaram em 4,76 por cento (nível 1), 3,06 por cento (nível 2) e 1,36 por cento (nível 3).
A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) ressaltou que o índice máximo é destinado a medicamentos com maior oferta no mercado, assim o reajuste não deve ser aplicado em sua totalidade por conta da concorrência.
"O reajuste não é totalmente aplicado, na prática, porque a concorrência de mercado resulta em descontos expressivos nas vendas em farmácias. E existem descontos obrigatórios para o governo, além de abatimentos negociados", disse em nota o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto.
(Por Paula Arend Laier)