SÃO PAULO (Reuters) - O mercado de crédito paulistano não se retraiu em junho, apesar do agravamento da crise política no país, informou nesta terça-feira a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No mês passado, o Índice de Intenção de Financiamento subiu 11,9 por cento ante maio, para 17,5 pontos, enquanto o Indicador de Segurança de Crédito teve alta de 3,8 por cento na comparação mensal, para 75,1 pontos.
Já em relação a junho de 2016, a intenção de financiamento em São Paulo cresceu 8,4 por cento, mas a segurança de crédito sofreu retração de 11,8 por cento.
A FecomercioSP cita "pequenos sinais" de retomada de algumas linhas, mas ressalta que "ainda é necessário que as situações econômica e política se estabilizem".
"...até o aparecimento da nova crise, era provável que ao longo de 2017 o país voltasse a ver crescimento das carteiras de crédito, como já acontece em alguns casos, como o de automóveis. Agora as projeções ficam em suspeição até novas informações que possam ratificar ou rever essa tendência", informou a federação.
O levantamento mensal apontou, ainda, que a proporção de consumidores que tinham a poupança como principal destino de recursos caiu para 59,4 por cento em junho, ante 69,5 por cento em igual período de 2016. Enquanto isso, as aplicações em renda fixa subiram para 20,8 por cento, de 18 por cento em junho do ano passado.
(Por Gabriela Mello)