Investing.com - A cotação do barril de petróleo sobe forte nesta quinta-feira (28/1) com a notícia de que a Opep poderá se reunir em fevereiro para discutir cortes de produção.
A informação foi divulgada pelo ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, que afirmou que a Arábia Saudita propôs cortes na produção de até 5% para elevar o preço do barril. A redução na extração seria parte de um acordo entre a organização e os demais países produtores.
Às 13h15, os contratos para entrega de petróleo em março avançavam 4,6% e eram negociados a US$ 33,80, com máxima do dia batendo em US$ 34,81. Apesar da alta nos últimos dias, a commodity acumula desvalorização de 9% em 2016.
O Brent é vendido a US$ 35,64, alta de 5%, após ter atingido US$ 36,73. No ano, as perdas ainda somam 4,7%.
O movimento de baixa na cotação do petróleo que persiste por mais de um ano e meio se agravou no final do ano passado com a decisão da Opep de manter a política de produção e não determinar novos cortes. A estratégia é forçar a saída do mercado dos produtores menos eficientes através da derrubada de preços, o que no médio prazo favoreceria os grandes produtores do cartel.
A queda, contudo, foi intensificada com a resiliência dos países não membros, em especial os Estados Unidos, que mantiveram a produção alta apesar das seguidas quedas de preço. Com o retorno do Irã ao mercado com o fim das sanções internacionais, parte do acordo nuclear, a cotação da commodity ficou mais pressionada, atingindo a casa dos US$ 27/b.
Com o valor em baixa e previsões apontando para novas quedas, a Opep passou a ser pressionada por parte de seus membros para rever a política e realizar uma reunião extraordinária. A organização acenou com a possibilidade de cortes caso houvesse acordo com países não membros.