ISLAMABAD (Reuters) - O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, pediu nesta terça-feira que o Irã faça parte de um debate sobre a segurança no Iêmen, no momento em que o Parlamento paquistanês retomava as discussões sobre se o país deve participar de uma campanha militar liderada pela Arábia Saudita contra forças iemenitas aliadas do Irã.
Sharif se dirigiu ao Parlamento um dia depois de o ministro da Defesa revelar que a Arábia Saudita queria contar com bombardeiros, navios de guerra e soldados paquistaneses. Nenhum parlamentar falou em favor do envio de tropas.
A Arábia Saudita, principal potência muçulmana sunita do Golfo Pérsico, pediu ao Paquistão, país majoritariamente sunita, que se una à coalizão militar liderada pelos sauditas, a qual iniciou no mês passado ataques aéreos às forças oposicionistas, de maioria xiitas houthi, no Iêmen.
A intervenção paquistanesa irritaria o Irã, país xiita que apoia os houthis e compartilha com o Paquistão uma fronteira longa e porosa em uma região turbulenta onde há também uma insurgência separatista.
O ministro das Relações Exteriores iraniano visitará o Paquistão na quarta-feira e a questão do Iêmen deverá dominar as conversas.