SÃO PAULO (Reuters) - Auditores fiscais da Receita Federal iniciaram nesta terça-feira uma greve de três dias em portos, aeroportos e fronteiras do país.
Com a paralisação, a liberação das cargas poderá levar mais tempo do que o normal, segundo o sindicato da categoria.
Ainda não havia, no entanto, registro de problemas para as operações nos principais terminais de importação e exportação do país.
"Ainda deve levar um tempo para ver filas de caminhões nos portos", disse Fábio Grecchi, da assessoria de comunicação do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).
Além disso, o prazo da paralisação previsto é muito curto para impactar de forma negativa o ritmo das exportações, afirmou o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), um dos principais setores exportadores do agronegócio do país.
A assessoria de imprensa do Cecafé lembrou ainda que o desembaraço do café ocorre pelo sistema de liberação eletrônica do comércio exterior brasileiro, o que evita problemas decorrentes de uma greve.
Segundo o Sindifisco, as atividades essenciais, como liberação de remédios, equipamentos médicos e perecíveis, serão mantidas, e ainda haverá o número mínimo de funcionários trabalhando, de 30 por cento do total, conforme determina a lei.
A categoria protesta contra a demora na aprovação da Medida Provisória 765/16, que estabelece o bônus de produtividade e eficiência, e contra a limitação da autoridade do auditor, segundo o Sindifisco.
(Por Laís Martins)