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Alckmin defende alianças para fazer reformas e promete mudar Brasil sem bravatas

Publicado 04.08.2018, 15:48
© Reuters. .

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Oficializado candidato a presidente da República, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin defendeu neste sábado a aliança partidária que fez para realizar as reformas que o Brasil precisa e disse que promete mudar o país sem bravatas.

“Aceito ser candidato pelo PSDB e pelos demais partidos que aqui nos apoiam nessa ampla aliança dos que acreditam no caminho do desenvolvimento e não na rota da perdição do radicalismo”, disse Alckmin, em convenção partidária do PSDB realizada em Brasília.

A chapa do presidenciável é a que terá o maior arco de partidos, nove, ao todo, incluindo o PSDB, partido do candidato, os cinco do chamado blocão –-o PP da vice, senadora Ana Amélia, mais PR, PRB, DEM e Solidariedade-- além de PPS, PSD e PTB. Dois desses partidos, o PPS e o PR, também realizaram convenções neste sábado para oficilizar o apoio ao tucano.

Essa coligação vai garantir à chapa o maior tempo de rádio e TV durante a campanha eleitoral, uma das principais apostas do tucano para chegar ao segundo turno. Na pesquisa CNI/Ibope de junho, Alckmin tinha apenas 6 por cento das intenções de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O tucano destacou em várias ocasiões de seu discurso o apoio dos partidos à sua candidatura e disse que um “governo de qualidade” requer alianças. “Vamos mudar o Brasil, não com conversa fiada, bravatas, bazófias e desarmonia entre os Poderes”, disse.

O tucano afirmou que é candidato para devolver aos brasileiros a dignidade que lhes foi roubada. Assim como o vídeo de “apresentação” do candidato e os discursos de aliados, ele fez questão de ressaltar ter experiência política e administrativa para fazer as mudanças necessárias.

“Aqueles que dizem que vão fazer reformas sem apoio dos partidos mentem ao povo e mentira tem perna curta”, disse ele, frisando que o momento atual é “grave”, mas que um futuro de prosperidade está aberto aos brasileiros.

FOCO NO PT

O tucano criticou a gestão petista, a quem disse ter deixado uma herança de “bravatas” e “radicalismo” que deixou atualmente 13 milhões de desempregados. Ele lembrou que o 13, simbolicamente é o número do PT.

“Vamos mudar o Brasil para que o trabalho volte para milhões de pessoas que perderam (empregos) e que isso seja para todos a fonte de realização e dignidade e não de sacrifício e humilhação”, destacou.

Alckmin afirmou que a América Latina ainda hoje vê regimes de autoridades que dão “murro na mesa” e que acham que podem governar sozinho. Para ele, gente assim quer a ditadura e é preciso parar de jogar “brasileiros contra brasileiros”.

REFORMA DO ESTADO

O tucano defendeu a reforma do Estado para acabar com a ineficiência que “sufoca a capacidade do brasileiro de empreender”. Para ele, o Estado precisa servir ao cidadão.

O candidato exaltou a escolha de Ana Amélia como colega de chapa, a quem chamou de “vice dos sonhos” e a chamou de “verdadeiro novo”, numa cutucada indireta ao adversário deputado federal Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL ao Palácio do Planalto.

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“Ela fez muito mais do que muitos que há décadas fingem não ser políticos”, disse Alckmin. Bolsonaro tem se colocado como um neófito na política --embora esteja em seu sétimo mandato de deputado federal é a primeira vez que concorre ao Palácio do Planalto.

O evento contou com a presença de lideranças de todos os partidos aliados e também de vários caciques políticos do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O tucano recebeu 288 votos na convenção --houve um voto não e uma abstenção. Embora não tenha feito um discurso empolgante, ele foi aclamado no evento ao som do jingle de campanha “Geraldo, eu vou!”.

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