SANTIAGO (Reuters) - Os governos de Argentina, Chile e Uruguai pediram nesta sexta-feira um diálogo político efetivo para a grave crise atravessada pela Venezuela, e se ofereceram para mediar a busca de uma solução pacífica para o país.
Em uma declaração conjunta, os chanceleres dos três países exortaram, sob o princípio de não interferência em assuntos internos, um genuíno entendimento cívico, em meio a crescentes tensões entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição, que busca a sua saída do governo.
"Os chanceleres assinados abaixo, ao exortar o governo, a Assembleia Nacional e a todas as outras forças políticas e sociais venezuelanas, expressam sua disposição fraternal para acompanhar por meio de um grupo de amigos a imperiosa tarefa de reconciliação nacional", disse o documento.
A declaração foi divulgada justamente no momento em que centenas de milhares de militares venezuelanos iniciaram na sexta-feira exercícios que se estendem até sábado, dias após Maduro ter declarado estado de exceção.
Argentina, Chile e Uruguai enfatizaram que os problemas da Venezuela devem ser resolvidos pelos próprios venezuelanos, de acordo com as suas instituições e observando os compromissos internacionais de proteção integral dos direitos humanos e das liberdades individuais.
(Por Antonio de la Jara)