BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira que pode vencer no primeiro turno a eleição de outubro para o Palácio do Planalto, mas negou que esteja "sentando na cadeira" presidencial.
Bolsonaro participou de uma carreata por Ceilândia e Taguatinga, duas das maiores cidades do Distrito Federal, onde foi bastante assediado por apoiadores e chegou a chutar um "Pixuleco", boneco que faz alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O candidato disse que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) não tivesse derrubado a exigência do voto impresso, haveria como demonstrar que ele pode vencer a corrida eleitoral já no dia 7 de outubro.
"Ninguém está sentando (na cadeira de presidente). Essa é a pesquisa que vale (das ruas). Em qualquer lugar do Brasil, de Manacapuru a Manaus a qualquer outra cidade do Brasil é uma aceitação enorme. Se o voto for impresso, sei que o Supremo derrubou isso, mas, se tivermos como comprovar a lisura das eleições, a gente ganha no primeiro turno", disse Bolsonaro, em entrevista coletiva.
Em um dos discursos que fez, Bolsonaro afirmou que os ataques que vêm sofrendo, principalmente do PSDB e do PT, não vão abalar a candidatura dele. "Essa velha forma de fazer política já está ultrapassada", disse. "Vamos varrer a cúpula desses partidos para a lata do lixo da história", acrescentou, ao considerar que o Brasil não suporta um novo ciclo de poder com as duas legendas.
Bolsonaro tem liderado as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto nos cenários sem a presença do ex-presidente Lula, que teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.
(Reportagem de Ricardo Brito)