Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que pode decidir nas próximas horas o nome do novo ministro das Relações Exteriores e que o processo está "maduro", enquanto um dos mais cotados, o embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Luís Fernando Serra, esteve em reuniões durante a manhã na sede da transição, em Brasília.
"É possível acontecer até amanhã, está bastante madura essa questão, queremos alguém do quadro do Itamaraty", disse Bolsonaro. Quando perguntado se seria uma mulher ou um homem, acrescentou que "tanto faz, pode ser gay também".
Até agora, dois nomes apareciam como mais fortes para o cargo: o de Serra, que conheceu Bolsonaro quando o presidente eleito fez uma visita à Seul, no início deste ano, e do embaixador aposentado José Alfredo Graça Lima, preferido do futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
Serra esteve reunido nesta manhã no Centro Cultural Banco do Brasil (SA:BBAS3), onde funciona o gabinete de transição de governo, mas saiu sem falar com a imprensa.
Segundo fonte próxima a Graça Lima, o embaixador não teria sido contatado ainda pela equipe de transição.
Mais tarde nesta terça, após visita ao Superior Tribunal Militar (STM), Bolsonaro reconheceu a jornalistas que Serra é um dos cotados para assumir o Itamaraty. Ele disse que o anúncio do novo chanceler é iminente, mas ainda não há definição.
"O Serra foi cogitado o nome dele, entre outros que estão sendo cogitados, e o estudo é feito e eu decido com a minha equipe quem vai ser o ministro", disse Bolsonaro aos jornalistas. Ele voltou a afirmar que sua ideia é de escolher um diplomata de carreira para chefiar o ministério.
(Reportagem adicional de Mateus Maia)