Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira, em transmissão feita por redes sociais, que não foi além do previsto na lei ao assinar o decreto que flexibiliza porte de armas no país, horas depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter dito que a norma tem "algumas inconstitucionalidades" e pode ter sua validade suspensa pelo Congresso.
"Não fui além do limite da lei", disse Bolsonaro, ao afirmar que o decreto regulamentou "aquilo que pudemos".
Na transmissão ao vivo, o presidente evitou tecer qualquer comentário sobre as declarações de Maia a respeito de eventuais inconstitucionalidades do decreto de armas --o presidente da Câmara pediu uma análise da equipe técnica sobre a norma.
Bolsonaro afirmou não ter visto críticas sobre o decreto de quem entende de armamento, mas, em tom de ironia, disse ter ouvido críticas apenas de "especialistas".
O decreto de armas tem sido alvo de críticas de parlamentares e estudiosos, tendo já tida a sua validade questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) e na própria Câmara.