DAVOS, Suíça (Reuters) - A entrevista coletiva que estava prevista para as 13h (horário de Brasília) desta quarta-feira do presidente Jair Bolsonaro e ministros, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, foi cancelada.
Inicialmente, foi informado aos jornalistas em Davos que Bolsonaro não participaria mais da entrevista com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública). Posteriormente, no entanto, a coletiva de todos foi cancelada.
Questionada, a assessoria da Presidência afirmou que a decisão de Bolsonaro deu-se por conta do cansaço após a maratona de compromissos no Fórum Econômico Mundial, conforme explicado pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
À imprensa, Heleno justificou que Bolsonaro voltou para o hotel para descansar e lembrou que ele será operado no retorno ao Brasil. O presidente deve passar por cirurgia para reversão da colostomia na próxima segunda-feira. [nL1N1ZL0Q5]
"Ele já não dorme muito bem, de muito tempo, não é de hoje. Então ele está sempre, se dá uma chancezinha ele dorme dentro do carro, porque é cansativo, a programação é cansativa. Então ele veio dar uma descansadinha, já que o próximo encontro é no hotel, vai aproveitar para dar uma descansada. Nada além disso. Os encontros têm sido ótimos", disse Heleno a jornalistas em Davos.
"Ele está com uma bolsa ainda, próximo de uma operação. Então, não é recomendável, e o médico está junto dele e volta e meia aconselha 'presidente, dá uma descansada'. Isso é normal na situação que ele está vivendo, não houve nada de estranho", acrescentou.
A assessoria de imprensa da Presidência, contudo, não explicou imediatamente a razão pela qual os ministros também cancelaram sua participação. A assessoria de imprensa do Ministério da Economia também disse não ter posição imediata.