BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta sexta-feira a possibilidade de a comissão especial da reforma da Previdência na Câmara não conseguir votar o parecer da proposta na próxima semana, em razão do tradicional esvaziamento dos trabalhadores do Congresso devido aos festejos juninos.
"Se atrasar mais uma semana, não tem problema não. Toca o barco aí", disse Bolsonaro, em entrevista na saída de reunião com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Bolsonaro destacou que é tradicional na semana de festas juninas cada parlamentar ficar em seu Estado de origem, e citou que os festejos têm caráter quase religioso.
Na quarta-feira, o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a discussão da proposta deve se encerrar nas próximas reuniões do colegiado e que a votação deve ter início em seguida.
Como parte do acordo de procedimento fechado com a oposição, Ramos evitou definir uma data para a votação, mas lembrou que trabalha com o horizonte do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de concluir a tramitação na comissão ainda em junho, de forma a permitir a votação em plenário da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma no início de julho.
(Por Ricardo Brito)