Brasília, 1 jan (EFE).- Após tomar posse como presidente nesta terça-feira, Jair Bolsonaro disse no discurso que pronunciou ao Congresso que impulsionará reformas estruturais para sanear as contas públicas.
"Realizaremos reformas estruturantes, que serão essenciais para a saúde financeira e sustentabilidade das contas públicas", afirmou o novo presidente no discurso de cerca de dez minutos que pronunciou pouco depois de assinar o termo de posse.
Apesar de não ter mencionado nenhuma medida específica, o novo chefe de Estado defendeu uma profunda reforma sobre o regime da previdência, atualmente deficitário e que, segundo economistas, pode entrar em colapso nos próximos anos.
Bolsonaro declarou também que, para sanear as contas, seu governo não gastará mais do que arrecada, mas que, mesmo assim, cumprirá todos os contratos.
O novo presidente ressaltou que o ajuste fiscal para sanear as contas públicas é necessário para estabilizar a economia e impulsionar seu crescimento.
"Precisamos criar um ciclo virtuoso para a economia que traga a confiança necessária para permitir abrir nossos mercados para o comércio internacional, estimulando a competição, a produtividade e a eficácia, sem o viés ideológico", acrescentou.
Também no âmbito econômico, afirmou que o setor agropecuário, responsável por grande parte das exportações brasileiras, terá um papel decisivo no seu governo.
Bolsonaro esclareceu que apoiará aos produtores rurais, mas "em perfeita harmonia com a preservação do meio ambiente".
A política econômica do novo governo brasileiro terá uma postura claramente liberal e será comandada por Paulo Guedes, economista formado na Escola de Chicago e a quem o presidente deu "carta branca".