(Reuters) - O coordenador financeiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 rebateu nesta terça-feira denúncia de que a construtora Andrade Gutierrez teria feito pagamento ilícito de serviços prestados durante a campanha pela empresa Pepper.
De acordo com a nota assinada por José De Filippi Jr., os serviços prestados pela empresa Pepper foram regularmente contabilizados nas prestações de contas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Os valores pagos a esta empresa foram da ordem de 6,4 milhões de reais."
Segundo reportagem publicada nesta terça-feira no site do jornal Folha de S.Paulo, a empreiteira Andrade Gutierrez disse ter pago despesas com fornecedores da campanha da presidente Dilma em 2010, por meio de contrato fictício de prestação de serviço, em revelação feita no acordo de delação de executivos ligados à companhia no âmbito da operação Lava Jato.
De acordo com o jornal, para dar um aspecto de regularidade ao pagamento em sua contabilidade, a Andrade produziu um contrato fictício com a Pepper, segundo o relato. O valor, segundo o mesmo relato, superava os 5 milhões de reais à época.
"O vazamento truncado e seletivo de informações atribuídas à delações premiadas submetidas a sigilo legal, independentemente de quem pratica, é ato ilícito e exige apuração imediata por parte das autoridades responsáveis", disse o coordenador financeiro da campanha de Dilma em nota.
(Por Tatiana Ramil)