Por Antonio De la Jara
SANTIAGO (Reuters) - Os chilenos vão às urnas neste domingo para eleger um novo presidente em uma eleição em que o ex-mandatário conservador Sebastián Piñera é o favorito para avançar ao segundo turno em dezembro, provavelmente em uma disputa com o senador Alejandro Guillier.
Oito candidatos no total buscam substituir a presidente socialista Michelle Bachelet em uma eleição que ainda escolherá metade do Senado e todos os deputados, segundo um novo esquema que substitui um intrincado sistema herdado da ditadura de Augusto Pinochet.
Um total de 23.746 membros das Forças Armadas estão fazendo a segurança das 42.890 mesas de eleição em todo o território.
Mas a crescente apatia dos chilenos pela política após uma série de escândalos de corrupção e uma campanha diluída por normas eleitorais mais rígidas ameaçam provocar uma abstenção histórica, mais ainda quando o voto não é obrigatório.
Com tudo isso, a eleição é considerada como um referendo à gestão de Bachelet, que buscou reduzir a enorme diferença de renda entre os ricos e pobres com uma série de reformas, embora os desentendimentos e uma economia quase estancada tenham escancarado fisuras na coalizão governista de centro-esquerda Nueva Mayoría.