Garanta 40% de desconto
💎 WSM subiu +52.1% desde que foi selecionada por nossa estratégia de IA em dezembro. Acesse todas as açõesAssine agora

Com Padilha sob pressão, Temer diz que pediu recursos legais à Odebrecht em 2014

Publicado 24.02.2017, 20:28
Atualizado 24.02.2017, 20:28
© Reuters. Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente Michel Temer

© Reuters. Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente Michel Temer

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que pediu recursos à Odebrecht na campanha de 2014, em meio a declarações de seu amigo e ex-assessor especial José Yunes de que funcionou como uma espécie de "mula" para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, na ocasião.

"Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht", afirma nota divulgada nesta tarde.

"Não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral. A Odebrecht doou 11,3 milhões de reais ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio", acrescenta a nota da Presidência da República.

Yunes disse à mídia que funcionou como uma espécie de "mula" para Padilha, que tinha lhe pedido para receber documentos em seu escritório de advocacia. Segundo Yunes, ele recebeu um pacote, cujo conteúdo nunca soube qual era.

O advogado prestou depoimento ao Ministério Público Federal em função de delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho.

Segundo vazamento da delação, em dezembro, Melo Filho apontou que Yunes recebeu dinheiro vivo, parte de recursos que teriam sido solicitados por Temer ao então presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

O empreiteiro, ainda segundo o vazamento da delação, disse que pagaria 10 milhões de reais, sendo que 4 milhões de reais ficariam sob responsabilidade de Padilha. Melo Filho diz que um dos pagamentos foi feito na sede do escritório de advocacia de Yunes.

Segundo uma fonte do Planalto disse à Reuters, Temer acertou com Padilha que avaliaria a situação política do ministro nos próximos dias por conta das declarações de Yunes, mantendo, em princípio, o retorno de Padilha ao cargo em 6 de março, ao final de uma licença médica.

Para o Planalto, segundo a fonte, muita coisa ainda precisa ser explicada, mesmo porque Yunes falou que recebeu "pacote" e não que recebeu dinheiro.

Temer, acrescentou a fonte, não tem planos de tirar Padilha do cargo e tudo vai depender de como as coisas se desenrolarem e das explicações do ministro, que não vai se pronunciar agora.

Padilha foi para Porto Alegre onde se submeterá a uma cirurgia de próstata no final da semana ou na segunda-feira. No início da semana o ministro precisou ser hospitalizado em Brasília para tratar de uma obstrução urinária causada por uma hiperplasia prostática benigna --um alargamento da próstata que causa dificuldade em urinar.

Do lado de Temer, o presidente já havia se manifestado quando houve o vazamento da delação do ex-executivo da Odebrecht em dezembro. Na ocasião, divulgou nota em que repudiou "com veemência" o que classificou de "falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho".

© Reuters. Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente Michel Temer

"As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente", afirmou em nota na ocasião.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.