BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado iniciou na manhã desta terça-feira sessão destinada a votar a proposta de reforma trabalhista, encarada como prioritária pelo governo, que vê no andamento das reformas uma forma de demonstrar que tem fôlego no Congresso apesar da crise política.
Antes de votar a proposta na CAS, no entanto, os senadores devem discuti-lá por cerca de uma hora e meia. Depois, haverá prazo para que cada líder encaminhe o voto de sua bancada.
Uma vez concluída a votação na CAS, a reforma precisa ainda de um parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que opinará sobre a constitucionalidade da proposta, para depois seguir para o plenário do Senado.
Segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que relata a proposta na CCJ, seu parecer deve ser lido na comissão já na quarta-feira, e logo após a apresentação do relatório será concedida vista coletiva por uma semana. A votação na CCJ deve ocorrer na semana seguinte, e no dia 28, de acordo com Jucá, a reforma estará pronta para ir a plenário.
“O presidente Eunício recebe no próximo dia 28 a matéria votada nas comissões, e portanto pronta para que ele possa pautar quando ele entender que é o momento”, disse o líder.
Questionado sobre a data exata de votação, Jucá respondeu que dependerá do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e dos líderes de bancada.
“Se não votar no final de junho, vota no início de julho... ela (a reforma) será votada antes do recesso.”
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)