Por Daniel Leussink
TÓQUIO (Reuters) - A Corte Distrital de Tóquio decidiu nesta segunda-feira prorrogar a detenção do ex-presidente do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn por 10 dias até o dia 11 de janeiro.
Ghosn, acusado de quebra de confiança, está enfrentando alegações de que teria feito a fabricante de automóveis arcar com 1,85 bilhão de ienes (ou 16,8 milhões de dólares) em perdas com investimentos pessoais.
A decisão indica que Ghosn permanecerá no principal centro de detenção de Tóquio, onde já está confinado desde sua primeira prisão em 19 de novembro, sob alegações de má conduta financeira.
Desde então, ele foi preso novamente duas vezes em face às últimas acusações e sob alegações também de que ele sonegou seu salário na Nissan por um período prolongado. Ele nega as acusações.
Ligações para o escritório do advogado de Ghosn, Motonari Otsuru, não foram respondidas nesta segunda-feira, um feriado não-oficial no Japão.
Um porta-voz da Nissan disse que a montadora não está em posição de comentar sobre o mais recente desenvolvimento do caso.
"A investigação da empresa está em andamento e seu escopo continua se ampliando", disse o porta-voz.
A decisão de prolongar a prisão de Ghosn ocorre um dia antes de seu período de 10 dias de detenção expirar na terça-feira, e acontece após a liberação do ex-executivo da Nissan Greg Kelly sob fiança na semana passada, depois que um tribunal decidiu pela não-extensão da prisão enquanto ele aguarda julgamento.
(Por Daniel Leussink; Reportagem adicional de Naomi Tajitsu e Ritsuko Ando)