(Reuters) - O deputado suspenso Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou na sexta-feira com mais uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da votação na Câmara dos Deputados que pode levar à cassação de seu mandato, marcada para a próxima segunda-feira, segundo reportagens da mídia neste sábado.
Cunha pede também que a cassação seja decidida na forma de um projeto de resolução e não de um parecer, como está previsto. Um projeto de resolução permite emendas, o que poderia levar à proposição de uma pena mais branda ao peemedebista que não a perda do mandato.
A ação inclui um pedido de decisão liminar, que pode ser concedida de forma mais célere pelo ministro Edson Fachin, sorteado como relator do caso.
Na última quinta-feira, o STF negou pedido de Cunha para suspender o processo que pode levar à perda de seu mandato.
O parecer pela cassação de Cunha afirma que o ex-presidente da Câmara mentiu à CPI da Petrobras (SA:PETR4) ao negar que tivesse contas bancárias no exterior.
Na ocasião, ele disse ter apenas as contas declaradas em seu imposto de renda. Documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram posteriormente a existência de contas no país europeu que tinham Cunha e familiares dele como beneficiários.
Cunha, que também responde a duas ações penais no STF, nega ter mentido e afirma ser beneficiário de um truste na Suíça.