RIO DE JANEIRO (Reuters) - O delegado da Polícia Federal que determinou abertura de inquérito sobre a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki foi morto a tiros em uma casa noturna de Florianópolis na madrugada desta quarta-feira, informou a Polícia Civil de Santa Catarina.
O delegado Adriano Antônio Soares, de 47 anos, foi morto ao lado do também delegado Elias Escobar, de 60 anos, após uma troca de tiros com um homem, que ficou ferido e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital, de acordo com o delegado da Polícia Civil Ênio de Oliveira Matos, que investiga o caso.
"Houve uma discussão corriqueira que resultou nos tiros", disse o delegado por telefone à Reuters. "Para mim está claro que é algo pontual e foi uma questão local", acrescentou.
Os dois delegados da PF são do Rio de Janeiro e estavam em Florianópolis há alguns dias participando de um treinamento da PF, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, que confirmou a identidade das vítimas.
Adriano Soares era o chefe da Delegacia da Polícia Federal em Angra dos Reis e determinou abertura de inquérito em janeiro deste ano para investigar a morte do ministro do STF Teori Zavascki, que era o relator das ações da operação Lava Jato no Supremo.
A Polícia Federal informou em nota à imprensa que o inquérito que apura a morte de Teori atualmente encontra-se em Brasília, sob comando de outro delegado, e apenas foi registrado em Angra dos Reis por ser o local da queda da aeronave.
Teori morreu no dia 19 de janeiro na queda de um avião de pequeno porte perto de Paraty (RJ), no momento em que se esperava uma decisão do ministro sobre as delações premiadas de executivos da Odebrecht que envolvem diversos políticos.
(Por Pedro Fonseca)