Por John Whitesides e Alana Wise
FILADÉLFIA (Reuters) - Hillary Clinton está prestes a se tornar nesta terça-feira a primeira mulher a ser oficialmente candidata presidencial por um grande partido nos Estados Unidos, em um momento histórico com o qual democratas esperam deixar para trás as hostilidades entre apoiadores de Hillary e de seu rival nas primárias partidárias, Bernie Sanders.
O partido fará sua nomeação no segundo dia da convenção, iniciada na segunda-feira com um clima anti-Hillary mantido por seguidores fiéis de Sanders. Sanders, um dos principais oradores da primeira noite, descreveu Hillary como uma companheira de luta em sua busca por igualdade econômica, mas alguns de seus apoiadores vaiaram a mera menção ao nome da candidata.
O senador e outras das principais personalidades a discursarem na segunda-feira, como a senadora liberal Elizabeth Warren e a primeira-dama Michelle Obama, ofereceram inspirado apoio a Hillary, em um momento no qual o partido tenta superar a discórdia e traçar uma meta comum de superar o republicano Donald Trump na eleição de 8 de novembro.
A polêmica na Filadélfia representou um revés para as esperanças de democratas de que sua convenção contrastaria com a conturbada campanha de Trump à Casa Branca, mostrando a unidade do partido e superando a amarga lembrança da difícil batalha das primárias entre Sanders, senador do Estado de Vermont, de 74 anos, e Hillary, ex-secretária de Estado dos EUA, de 68 anos.
Apoiadores vêem Hillary como uma candidata experiente para a Casa Branca, tendo sido, além de secretária de Estado, também senadora e primeira-dama. Críticos a vêem como muito confortável com o establishment e com uma uma bagagem política iniciada com o primeiro mandato de seu marido como presidente em 1993.
O segundo dia da convenção tem como objetivo salientar o trabalho de Hillary em questões como igualdade de gênero, família e saúde, assim como seu mandato como a chefe da diplomacia do país, disse um representante de sua campanha.
O dia terá como um dos discursos principais o do seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, e incluirá também as formalidades da nomeação de Hillary para ser a primeira mulher presidente dos EUA.
(Reportagem adicional de Luciana Lopez)