(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff fez críticas nesta sexta-feira ao que chamou de "barreiras" criadas pelos países para a entrada de imigrantes, depois da morte de um menino sírio de 3 anos que tentava chegar à Europa.
"Aquele menininho sírio de 3 anos (foi) morto porque não foi acolhido, morto porque foi abandonado, morto porque os países criaram barreiras para a entrada desse menino", disse a presidente em discurso em João Pessoa.
O menino Aylan Kurdi, seu irmão de 5 anos e a mãe deles morreram afogados nesta semana enquanto tentavam chegar à Grécia. Uma fotografia do corpo do garoto, na areia de uma praia na Turquia, chocou o mundo.
Dilma destacou que o Brasil acolheu pessoas de todo o mundo, incluindo África, Ásia e Oriente Médio.
"O Brasil tem uma história especial, somos um país composto de pessoas que vieram de todas as partes do mundo, além dos povos tradicionais indígenas que aqui estavam", afirmou ela.
"O Brasil foi feito de muitas etnias....de muitas culturas, é uma riqueza imensa", acrescentou ela, que ressaltou ainda a "capacidade de resistência do povo" brasileiro.
Milhares de pessoas, principalmente da Síria, têm tentado entrar na Europa neste ano, fugindo de conflitos em seu país, em travessias perigosas. A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 300 mil pessoas usaram rotas perigosas pelo mar para chegar à Europa este ano, com cerca de 2.500 vidas perdidas.
(Por Tatiana Ramil, em São Paulo; edição de Eduardo Simões)
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