BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que cabe à Petrobras (SA:PETR4) avaliar se é o caso de reduzir os preços dos combustíveis no país devido à discrepância entre os valores praticados no Brasil e no exterior atualmente, procurando minimizar o papel do governo na decisão.
"Há desde o ano passado uma discrepância entre o preço praticado no Brasil e o preço praticado lá fora", disse Dilma a jornalistas. "Se a Petrobras houver por bem fazê-lo, é o caso de fazer; se ela houver por bem não fazer, é o caso de não fazer. Agora, que existe a discrepância, existe."
Na noite de segunda-feira, a Petrobras divulgou comunicando informando que não pretende reduzir os preços dos combustíveis no momento, mas que está avaliando as condições do mercado continuamente, depois que notícias sugerindo um iminente corte derrubaram as ações da estatal durante o dia.
"Isso é uma questão que vai dizer respeito à empresa, se ela estiver perdendo participação de mercado vai tomar uma atitude, se não estiver vai tomar outra", disse a presidente, ressaltando que "o governo não tem nada a ver com subir ou baixar o preço da gasolina".
Para o governo, um corte nos preços dos combustíveis seria bom pelo impacto positivo sobre a inflação. Mas para a Petrobras, que sofre com o escândalo de corrupção e com uma dívida bilionária, a redução do preço internacional dos combustíveis tem ajudado a garantir importantes ganhos no mercado interno.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)