Washington, 8 ago (EFE).- O candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, vai defender a redução de impostos, menos regulamentações financeiras e se oporá ao Acordo de Associação Transpacífico (TPP, sigla em inglês) durante o discurso econômico que fará nesta segunda-feira em Detroit, segundo antecipou seu comitê de campanha.
Com este discurso, que será feito no Clube Econômico de Detroit, no estado de Michigan, Trump pretende deixar para trás as polêmicas que protagonizou nos últimos dias, entre elas o enfrentamento com os pais muçulmanos de um soldado americano morto no Iraque.
De acordo com sua campanha, Trump apresentará o plano econômico que pretende aplicar caso vença as eleições presidenciais de novembro e chegue à Casa Branca.
Esse plano contempla a maior reforma tributária desde a presidência do republicano Ronald Reagan, com reduções de tributos, a eliminação do imposto sobre heranças e a implantação de uma taxa fixa, de 15%, para as empresas americanas.
Além disso, Trump antecipará que é contrário às novas regulamentações financeiras, pois, segundo ele, a economia precisa experimentar um crescimento significativo.
O magnata também vai reiterar em seu discurso sua oposição ao TPP, que é defendido pelo atual presidente Barack Obama, mas que também é rejeitado pela candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.
Em antecipação ao discurso de Trump, a campanha de Hillary alertou em comunicado que as propostas do magnata causarão "prejuízo" à economia americana e aos trabalhadores.
Segundo a campanha democrata, o candidato republicano quer desfazer as reformas que ajudaram a proteger os cidadãos dos abusos de Wall Street e, além disso, suas reduções de impostos beneficiarão fundamentalmente os mais ricos e as grandes corporações.
Também em Detroit, na quinta-feira, Hillary pretende responder às propostas de Trump e a apresentar seu próprio plano econômico.