CIDADE DA GUATEMALA (Reuters) - A Guatemala terá um segundo turno na eleição presidencial, já que os três principais candidatos dividiram os votos na eleição de domingo, prolongando a incerteza política poucos dias depois de um escândalo de corrupção derrubar o presidente.
Otto Pérez renunciou à Presidência na quinta-feira e passou o dia da votação na prisão enquanto um juiz estuda se o acusa de um esquema de extorsão alfandegária, mergulhando o país centro-americano em sua pior crise política em duas décadas.
O comediante Jimmy Morales dominou a reta final da campanha eleitoral, sustentado pela revolta dos eleitores com a corrupção. Ele teve 24,43 por cento dos votos com 94,9 por cento das urnas apuradas, mas ficou longe dos 50 por cento necessários para uma vitória.
Manuel Baldizón, empresário conservador que até recentemente era o favorito para a eleição, veio atrás com 19,41 por cento dos votos e disputa com Sandra Torres, ex-primeira-dama que conquistou 19,09 por cento do eleitorado, uma vaga no segundo turno do dia 25 de outubro.
Morales, centrista de 46 anos, disparou no final da campanha, ajudado em parte pelo slogan "nem corrupto, nem ladrão", que ecoou junto aos eleitores.
(Por Alexandra Alper e Enrique Pretel)