Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que a equipe econômica continua com a expectativa de que a reforma da Previdência será aprovada na primeira metade deste ano, mas caso isso não aconteça, não haverá "grande drama" se o aval final dos parlamentares for dado em agosto.
Falando à Reuters por telefone, Meirelles disse ainda que a divulgação da lista de políticos e ministros a serem investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações de executivos da Odebrecht veio num momento adequado e que o Congresso continuará funcionando normalmente, sem prejudicar a discussão e votação da reforma.
O ministro também afirmou que não está sendo considerado, no momento, o fim do abano salarial para compensar perdas com as mudanças que o governo vem acertando com o Congresso na reforma da Previdência.
Mais cedo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), havia afirmado que o governo estudava mudanças em benefícios dentro da reforma da Previdência para compensar as flexibilizações a serem feitas na reforma, entre elas alterações no pagamento do abono salarial.