BRASÍLIA (Reuters) - A escolha do novo relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, no lugar do ministro Teori Zavascki, não deverá ocorrer nesta quarta-feira, como amplamente esperado, informou a assessoria do STF.
Na véspera, uma fonte com conhecimento do assunto disse que a escolha deveria ocorrer nesta quarta, mas a demora pode ser explicada pela movimentação do ministro Edson Fachin, que nesta manhã apresentou pedido a presidente do STF, Cármen Lúcia, para mudar para a 2ª turma do tribunal, responsável pelos processos relacionados à Lava Jato e da qual fazia parte Teori.
Antes de confirmar a troca, a presidente espera a manifestação dos demais ministros da 1ª turma de que não têm interesse em ocupar a vaga de Teori no outro colegiado.
Como a tendência é de que o novo relator seja escolhido por sorteio entre os membros da 2ª turma é preciso antes haver uma definição de sua composição definitiva.
A 2ª turma é formada pelos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, enquanto a 1ª turma tem os ministros Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Tanto Marco Aurélio como Rosa Weber já disseram a jornalistas que não têm interesse em mudar de lugar.
Segundo Toffoli, é preciso que a mudança de turma seja publicada no Diário Oficial para ser considerada oficial e o sorteio ser realizado.
Perguntado se a operação Lava Jato está sob risco, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo, foi categórico: "de modo algum, não esteve e não estará".
Outra baixa para a Lava Jato no Supremo foi o pedido, aceito pela presidente Cármen Lúcia, do juiz Márcio Schiefler Fontes, um dos três juízes-auxiliares de Teori, para deixar a função.
(Reportagem de César Raizer)