Por Tatiana Jancarikova
BRATISLAVA (Reuters) - Aproveitando uma onde de fúria do público contra a corrupção, a advogada liberal Zuzana Caputova deve vencer a eleição presidencial da Eslováquia neste sábado, resistindo à tendência de políticos populistas e contrários à União Europeia no continente.
Corrupção e mudança foram os dois principais temas antes do segundo turno, que acontece um ano depois do jornalista Jan Kuciak, que investigou casos de fraude de alta notoriedade, e sua noiva serem assassinados em casa.
Caputova, novata a favor da União Europeia que seria a primeira mulher presidente da Eslováquia, venceu o primeiro turno da eleição duas semanas atrás, com 40,6 por cento dos votos, à frente do comissário europeu Maros Sefcovic, com 18,7 por cento.
Sefcovic, respeitado diplomata que também é pró-UE, é apoiado pelo partido governista Smer, o maior grupo do Parlamento e que domina a política da Eslováquia desde 2006.
Caputova fez campanha para encerrar o que ela chama de captura do Estado por manipuladores, uma mensagem que ressoou entre eleitores jovens e com educação, mostram as pesquisas.
“Não considero minha vitória garantida. Espero um resultado mais apertado do que duas semanas atrás”, disse Caputova após votar em sua cidade natal, Pezinok.
Sefcovic, que votou em Bratislava, disse que esperava um comparecimento maior que daria ao novo presidente um forte mandato.
“A Eslováquia precisa de reconciliação e paz porque as divisões na nossa sociedade tiram nossa energia dos assuntos mais importantes”, disse.