Por Robin Emmott e Ivana Sekularac
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia enfrentará um colapso se não conseguir chegar a um acordo sobre um plano para enfrentar o súbito fluxo de refugiados nos Bálcãs, advertiu o primeiro-ministro da Eslovênia neste domingo enquanto líderes discutem sobre de quem é a culpa pela crise.
Nove dias depois que a decisão da Hungria de fechar sua fronteira no sul provocou uma onda sem precedentes de imigrantes para a minúscula Eslovênia, o primeiro-ministro, Miro Cerar, fez um chamado dramático a outros líderes da Europa central e do leste, em Bruxelas, para uma reunião de emergência.
"Se não encontrarmos uma solução hoje, se não fizermos tudo o que pudermos hoje, então é o fim da União Europeia como tal", afirmou Cerar.
"Se não entregarmos uma ação concreta, acredito que a Europa vai começar a cair aos pedaços", disse ele a repórteres.
Fugindo da guerra e da opressão para buscar uma nova vida na Alemanha e norte da Europa, os refugiados continuam a chegar por meio dos Bálcãs e começaram a se dirigir para a Eslovênia depois que a Hungria concluiu a construção de um muro na fronteira.
Desde 17 de outubro, mais de 62.000 imigrantes chegaram à Eslovênia, com pouco mais de 14.000 passando pelo país neste domingo.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, não estava arrependido, disse que seu país era um "observador" na crise desde o fechamento da fronteira e que ele não tinha nenhum conselho a dar a outros líderes.
(Reportagem adicional de Jan Strupczewski e Tom Korkemeier, em Bruxelas; de Madeline Chambers, em Berlim; de Aleksandar Vasovic, em Belgrado; de Isla Binnie, em Roma; e de Marja Novak e Maja Zuvela, em Liubliana)