BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira, em entrevista à rádio Guaíba, de Porto Alegre, que seu nível de esperança com a aprovação da reforma da Previdência hoje é "nota 7", mas espera chegar a 10 nas próximas semanas.
"Minha esperança pela aprovação da reforma da Previdência hoje é nota 7. Espero conseguir chegar a 10. Temos que conseguir convencer os colegas parlamentares", disse Temer.
O governo tem corrido contra o tempo para conquistar apoio para aprovar a reforma. A data para a proposta entrar em votação foi empurrada para o dia 28 de fevereiro, e os debates começam no dia 20.
Nesta semana, o relator da matéria, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), apresentou algumas mudanças no texto para tentar atrair mais votos, mas o governo ainda trabalha com apenas 267 votos garantidos, contra os 308 necessários para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição.
COMBUSTÍVEIS
Perguntado sobre o alto preço da gasolina, Temer defendeu a política da Petrobras (SA:PETR4), de aumentar e reduzir o valor de acordo com os preços internacionais, e colocou a culpa dos altos preços nos postos e nas distribuidoras.
"Quando o valor aumenta os postos reajustam, mas quando o valor reduz, eles não reduzem", criticou. "Não vamos permitir essa agressão ao consumidor. Determinamos ao Cade e a Polícia Federal que faça a fiscalização dos postos de combustíveis".
Temer ainda mencionou que o governo estuda para as próximas semanas uma forma de "compensar o aumento do preço do gás de cozinha para os mais pobres".
O governo federal já teve programa semelhante. O vale-gás foi criado no governo de Fernando Henrique Cardoso e pagava um auxílio para famílias de baixa renda. Esse foi um dos programas incorporados ao Bolsa Família no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)