Investing.com - Os discursos dos presidentes da Câmara e do Senado sobre a reforma da Previdência não estão em sintonia. Enquanto o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) não quer pressa para discutir o assunto e entende que a proposta pode ser vota até mesmo em novembro, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) vê fevereiro como data-limite.
Maia ressaltou que está negociando os pontos que há consenso para que a economia com a reforma permaneça em cerca de R$ 500 milhões nos próximos dez anos. Mas, caso não haja acordo agora, a questão só será tratada pelo próximo presidente da República.
“Falar em votar em novembro é tratar de um assunto do próximo presidente. Não há possibilidade de eu pautar a reforma da previdência, sem que seja uma agenda do próximo presidente da República. Essa é uma questão que a eleição pode ou não resolver. Ou se não votar em fevereiro, vota no início do ano que vem. Agora acho que cada ano que a gente perde sem votar é um prejuízo que a sociedade vai tendo", declarou o deputado que esteve reunido com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia.
Mais cedo, o presidente do Senado destacou que a reforma foi mal vendida pela equipe econômica do governo quando enviada ao Congresso Nacional no ano passado. Para Oliveira, se reforma tivesse sido enviada mais enxuta, poderia ter sido aprovada junto com a reforma trabalhista.
O senador entende que se a reforma da Previdência não for aprovada, não será uma catástrofe, considerando um cenário para os próximos três anos. Apesar disso, destacou que é um problema que terá que ser resolvido e que os candidatos à presidência da República vão ter que enfrentar.