PARIS (Reuters) - O ex-ministro da Economia francês Emmanuel Macron lançou nesta quarta-feira a sua candidatura à Presidência da França e provavelmente vai atrair votos dos principais candidatos, numa corrida equilibrada que promete uma forte participação do líder de extrema-direita Marine Le Pen.
Macron, de 38 anos, abandonou o gabinete do presidente socialista François Hollande em agosto para preparar sua campanha, e disputará como candidato independente nas eleições do próximo ano.
As pesquisas de opinião mostram que o próprio Hollande e a esquerda em geral devem sofrer derrotas por causa do desempenho em assuntos como desemprego, segurança nacional e imigração - questões que alavancam Le Pen.
Macron, um ex-banqueiro de investimento que introduziu reformas trabalhistas para Hollande, ainda não definiu suas políticas. Apesar de ser um dos políticos mais populares da França, ele nunca teve cargo eleito e não tem aparato partidário atrás dele. Alguns dizem que sua campanha pode ser difícil.
No entanto, Macron é amplamente visto como um provável candidato que tomará votos do conservador Alain Juppé, o favorito para ganhar a Presidência. Juppé enfrenta uma corrida apertada pela nomeação da centro-direita em uma eleição primária do partido Les Republicains e seus aliados de centro-direita, que começa no domingo. Seu principal rival é o ex-presidente Nicolas Sarkozy.
Ao anunciar sua candidatura à eleição, Macron disse que queria afastar a França da "política baseada no clã", acrescentando: "Eu testemunhei a superficialidade do nosso sistema político por dentro".
(Por Andrew Callus e Emmanuel Jarry)