WASHINGTON (Reuters) - Henry Paulson, o republicano que foi secretário do Tesouro dos Estados Unidos durante a crise financeira de 2008, chamou na sexta-feira uma eventual presidência de Donald Trump de "impensável" e declarou que votará na candidata democrata, Hillary Clinton.
Paulson assim se junta a uma crescente lista de republicanos tradicionais que se negam a votar em Trump no dia 8 de novembro, já que o empresário é o virtual candidato do partido, mas cuja retórica populista contrariou muitos princípios dos republicanos.
"Sobre a presidência, não votarei em Donald Trump", escreveu Paulson, que foi executivo do Goldman Sachs antes de se tornar secretário do Tesouro do ex-presidente George W. Bush, em artigo publicado no jornal Washington Post.
"Votarei em Hillary Clinton, com a esperança de que ela possa unir os norte-americanos e fazer as coisas necessárias para fortalecer a nossa economia, nosso meio-ambiente e nossa posição no mundo", disse.
Paulson acusou Trump, que usou o argumento de perspicácia empresarial durante a campanha, de tomar "riscos imprudentes" e então rejeitar suas dívidas quando os negócios faliam.
Ele também criticou a oposição de Trump aos acordos comerciais, que segundo Paulson criaram empregos nos EUA e incentivaram a inovação e a competição.
"Para resumir, uma presidência de Trump é impensável", afirmou Paulson.
A campanha de Trump não respondeu imediatamente.