WASHINGTON (Reuters) - Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca, classificou uma reunião de um grupo de russos à qual Donald Trump Jr. e autoridades de alto escalão da equipe de seu pai compareceram em junho de 2016 de "traiçoeira" e "nada patriótica", de acordo com trechos de um novo livro vistos pela Reuters nesta quarta-feira.
Bannon expressou menosprezo e espanto com a reunião ocorrida na Trump Tower de Nova York, durante a qual uma advogada russa teria oferecido informações prejudiciais sobre a candidata presidencial democrata Hillary Clinton, segundo o livro "Fire and Fury: Inside the Trump White House" ('Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump', numa tradução livre), de Michael Wolff.
O encontro arranjado pelo filho do presidente dos Estados Unidos também incluiu seu genro, Jared Kushner, e seu então gerente de campanha, Paul Manafort, e se tornou parte de uma investigação federal que analisa um possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia na eleição. Trump nega tal conluio.
"Os três principais sujeitos da campanha acharam que era uma boa ideia se encontrarem com um governo estrangeiro dentro da Trump Tower, na sala de conferência do 25º andar --sem advogados. Eles não tinham advogados", disse Bannon no livro, segundo os trechos vistos pela Reuters.
"Mesmo que você achasse que isso não é traiçoeiro, ou nada patriótico ou uma grande merda, e acontece que eu acho que é tudo isso, deveriam ter chamado o FBI imediatamente."
(Por Jim Oliphant)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC