BUENOS AIRES (Reuters) - O ex-ministro da Economia e ex-vice-presidente argentino Amado Boudou foi solto da prisão na sexta-feira após um tribunal superior ter decidido que não há risco de ele atrapalhar as investigações em andamento por suspeita de corrupção.
Boudou, que foi vice da ex-presidente Cristina Kirchner, foi preso no começo de novembro por extorsão e lavagem de dinheiro. Seu advogado disse, na época, que as alegações de que ele poderia tentar atrapalhar as investigações eram irracionais.
O político, que nega as acusações, disse a repórteres na noite de sexta-feira que o Judiciário “cometeu um abuso” ao prendê-lo.
Boudou foi a segunda autoridade do governo de Cristina a ser detida. O ex-ministro do Planejamento, Julio de Vido, foi preso em outubro por corrupção.
No mês passado, um juiz federal desferiu o mais duro golpe contra a ex-presidente até agora, pedindo ao Congresso que remova seu foro privilegiado como senadora para que possa ser presa.
Cristina, cujas políticas aumentaram o papel do governo na terceira maior economia da América Latina, foi sucedida em 2015 pelo opositor pró-mercado Mauricio Macri, que prometeu reformar o lento Judiciário argentino.
A ex-presidente e seus aliados acusam Macri de orquestrar uma vingança política contra ela.