PARIS (Reuters) - O candidato presidencial conservador francês François Fillon prometeu nesta segunda-feira continuar na disputa apesar de um escândalo envolvendo pagamentos de contribuintes à sua esposa por trabalhos que um jornal alega que ela não realizou.
Em uma coletiva de imprensa realizada em Paris, Fillon, de 62 anos, pediu desculpas à França pelo que disse ter sido um erro de julgamento por ter empregado familiares, embora tenha afirmado que o trabalho de sua mulher como assistente parlamentar ao longo de 15 anos foi genuíno e legal.
Anunciando que não irá desistir da corrida de dois turnos à Presidência, em 27 de abril e 3 de maio, ele disse: "Uma nova campanha começa esta noite".
"Sou o único candidato que pode realizar uma recuperação nacional", afirmou.
O ex-primeiro-ministro convocou a coletiva depois que integrantes de seu próprio partido de centro-direita, Os Republicanos, o exortaram a se retirar da campanha para dar tempo para a legenda encontrar um substituto.
Antes de o escândalo vir à tona no semanário satírico Le Canard Enchainé quase duas semanas atrás, as pesquisas de opinião mostravam Fillon como franco favorito à eleição perante a líder de extrema direita Marine Le Pen.
Desde então seu índice de aprovação despencou, e agora se acredita que ele não chegará ao segundo turno.