LA PAZ, Fev 21 (Reuters) -
O futuro do presidente da Bolívia, Evo Morales, será definido neste domingo com um referendo sobre uma reforma constitucional que permitiria sua eleição para um quarto mandato, em meio a um clima de tensão gerado recentemente pela violência e acusações de abuso de poder.
As principais pesquisas mostram um equilíbrio entre a intenção de voto, porém ressaltam que ainda haviam muitos indecisos que poderiam votar contra ou a favor de uma reforma que permitiria a Morales governar o país novamente, de 2020 a 2025.
"Parece que esta será uma disputa muito mais acirrada do que qualquer outra que Evo Morales tenha enfrentado desde que ganhou a presidência, em 2006", disse à Reuters John Crabtree, especialista em política boliviana da Universidade de Oxford.
Após tomar posse em 2006, o líder de centro-esquerda conduziu um programa econômico de sucesso baseado na exploração de recursos energéticos do país, principalmente o gás, o que permitiu um forte crescimento da atividade econômica e a diminuição da pobreza.
Mas a popularidade do presidente, que venceu a eleição do ano passado com 61 por cento dos votos, foi afetada recentemente por uma denúncia de tráfico de influência e a morte de seis funcionários durante um incêndio criminoso na prefeitura de El Alto.
Mais de 6,5 milhões de bolivianos irão às urnas para votar no país e no exterior.