Por Colin Packham
SYDNEY (Reuters) - O governo conservador da Austrália perdeu as cinco eleições realizadas neste fim de semana, e as derrotas são vistas como um indicador de que o primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, terá uma tarefa difícil na busca pela reeleição nas eleições nacionais, marcadas para maio de 2019.
"Vamos analisar com muita seriedade, atenção e humildade a forma como os eleitores se expressaram", disse Turnbull neste domingo.
No que foi chamado de "Super Sábado", eleitores compareceram às urnas para substituir parlamentares, em sua maioria da oposição trabalhista, que deixaram seus postos em função de um dispositivo constitucional que impede que pessoas com dupla cidadania exerçam cargos eletivos.
O Comitê Eleitoral Australiano disse neste domingo que quatro assentos foram mantidos pelos trabalhistas, enquanto o quinto ficou com a pequena Aliança de Centro. O resultado foi ruim para Turnbull, que está sob pressão para demonstrar um caminho viável para a reeleição de sua coalizão, atualmente atrás da oposição nas pesquisas de opinião.
Analistas políticos dizem que Turnbull precisa conquistar assentos marginais em Queensland, um tradicional reduto conservador, se quiser ser reeleito.
Mas seu governo não conseguiu conquistar um assento-chave nas eleições em Queensland, apesar do apoio do partido de direita One Nation, da Austrália.
Os trabalhadores mantiveram a sede de Longman em Queensland com uma maioria superior àquela obtida em 2016.
O fracasso em ganhar pelo menos um lugar nas eleições secundárias significa que Turnbull continuará lutando para aprovar a legislação com apenas uma maioria de um assento.
O líder da oposição, Bill Shorten, que foi alvo do governo por causa de seus baixos índices de aprovação pessoal, disse que os resultados refletem o foco do partido em questões centrais como saúde e educação.